“Eles me tornaram o que eu sou”, disse o herói das águas e amigo dos peixes. Aquaman (2018) é o primeiro filme depois do seu surgimento nos quadrinhos em 1941. O filme tem tudo para ser full, mega, power. E ele é. Será o ressurgimento da DC nas telonas? Lembrando que 2019 já tem programado alguns lançamentos da marca, como, Arlequina, Batman, entre outros. Será que Aquaman foi uma experiência cinematográfica positiva para os telespectadores? Será que o filme conseguiu ressurgir uma fagulha de expectativas de áureos tempos para a DC Comics, nos cinéfilos de plantão?
A frase inicial de Aquaman é um prenúncio de que o contexto de uma pessoa diz muito sobre ela. Você não é o seu passado, mas o passado é uma fonte de aprendizados. Spoiler? Tem de ter. O longa-metragem retrata a história não de Aquaman, mas de sua mãe, que fugiu da terra Atlante para não casar-se com um escolhido de seu pai, reforçando o patriarcalismo até debaixo d’água. Mas o que ela não imagina é que irá apaixonar-se e dará a luz à Aquaman. Claro, que o padrão de contos de amor proibido continua.
Arthur (o nome humano de Aquaman), sofre bullying desde a infância. E desde a infância já demonstra um relacionamento bem amigável com os seres aquáticos. E isso pode ser muito bem percebido quando a história de Pinóquio é recriada no filme. E essa não é a única intertextualidade que o longa traz. O filme também evoca a história dos irmãos romanos Rômulo e Remo.
O perfil extrovertido
Outro fato bem recorrente em filmes de super-heróis é o perfil extrovertido dos personagens. Aquaman é o tipo de super-herói fortão, mas nada tímido, com um humor aguçado e bem refinado. Uma cena que comprova isso é quando ele e Mera saem da barriga do peixe e já em terra firme, Mera descobre que eles viveram uma cena do livro do menino de madeira que cresce o nariz a cada mentira que conta. Mas Aquaman diz a ela que ele não tirou a história de um livro e sim de um filme.
A pós-modernidade declarada
Outro aspecto bastante interessante no filme e que arranca algumas risadas é a cena do bar em que uma gangue de homens com semblantes nada amigáveis chegam até Aquaman, e de repente pedem para ele tirar uma selfie com eles. A pós-modernidade exala no filme, já que o comportamento digital da atualidade fica bem evidenciado nessa cena. A tecnologia, os efeitos especiais são bastante utilizados no filme. E você, gostaria de tirar uma selfie com o galã loiro?
“Ela não precisa de um rei. […] Ela precisa de um herói”.
O reencontro com a mãe traz mais esperança para Aquaman, que consegue “recuperar” o trono que, na verdade, sempre foi seu por direito. E sua mãe reencontra o seu grande amor. Aqui acaba a história dela e começa a de um grande herói-rei ou rei-herói (rsrs). Aquaman mostra que o seu passado foi o seu professor. Tantas decepções, mentiras, ensinamentos e conselhos de seu mestre atlante, só serviram para ensinar o herói a como comportar-se frente às situações difíceis e perturbadoras.
Seu passado te define?
Por Michele Souza
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